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VIRGÍNIO ALVES - UMA PEQUENA HISTÓRIA DE DEDICAÇÃO ÀS SUAS RAÍZES


Textos e Fotos: Carlos Morgadinho
Adiaspora.com

Este nosso compatriota, natural dos Açores, e que goza no presente as suas 80 primaveras de plena saúde não arredando pé de envolver-se nas actividades filarmónicas da sua comunidade. Faz parte da Banda Lira Nossa Senhora de Fátima da Igreja de Santa Inês e é vê-lo nos concertos/arraiais, ou procissões, sempre que esta prestigiosa filarmónica é chamada ou convidada. Já por várias vezes convivemos ao longo destes últimos anos e confessamos que simpatizamos de imediato com a hospitalidade e o sorriso permanentemente fixo no rosto.

Nesta último nosso encontro que aconteceu nas recentes festas do Senhor da Pedra, Virgínio nos contou, muito resumidamente, tanto a sua história de envolvimento na vida das filarmónicas como das festividades do Divino Espírito Santo, desde a sua chegada ao Canadá no ano de 1956 e inicialmente radicado por 3 anos em Montreal vindo de seguida para Toronto onde se mantém.

Foi um dos fundadores da Banda Lira de Nossa Senhora e das Festas do Senhor da Pedra em 1970 e 1972, respectivamente sendo um dos pilares das festividades do Divino Espírito Santo, aqui em Toronto, desde o ano de 1969, ainda numa igreja sito na McCaul Street, chamada então de Nossa Senhora do Carmo, sob a direcção do pároco Antero de Melo, por um período aproximado de dois anos.

Segundo Virgínio, foram cerca de 20 elementos que deixaram então a Banda Filarmónica do Senhor Santo Cristo de Toronto, da Igreja de Santa Maria, para se juntarem aquele prelado, Antero de Melo, que tinha recebido do Arcebispado de Toronto a mencionada igreja naquela artéria da nossa cidade.

Com muita mágoa, Virgínio Alves, nos disse ser o ultimo sobrevivente desse grupo que formou a Banda e que inicia as primeiras cerimónias em louvor ao Divino aqui em Toronto. Todos eles eram companheiros excelentes, bastante activos e que deram, com o seu contributo, ou o sopro da vida, à presente Banda Lira de Nossa Senhora de Fátima que ainda hoje se mantém em actividade abrilhantando as inúmeras festas de cariz religioso e profano das comunidades portuguesas do Ontário e não só pois têm-se deslocado a Quebeque e até à Nova Inglaterra. Há pouco tempo foram, de digressão, até aos Açores, mais precisamente à Ilha de São Miguel onde grande parte dos seus elementos é natural ou de descendência.

As festividades em Louvor ao Senhor da Pedra, uma fé bem antiga com origem em Vila Franca do Campo, Ilha de São Miguel, foi iniciada, aqui em Toronto, no ano de 1972 e até há pouco tempo foi a que mais, em paralelo com as do Senhor Santo Cristo dos Milagres da Igreja de Santa Maria, participação de fé acumulou com dezenas de milhares de fiéis participantes e recebendo inúmeras excursões das nossas comunidades espalhadas pelo Ontário, Quebeque e dos Estados Unidos da América do Norte (da Nova Inglaterra).

Aqui queremos deixar um pequeno exemplo, mas “grande” na sua obra de mais de 50 anos de engrandecimento não só da cultura lusa como também das raízes açorianas e da arte musical. Era bom que tivéssemos, permanentemente, 30, 50 ou muito mais, elementos da mesma têmpera do Virgínio Alves no seio da nossa comunidade. Bem precisávamos neste preciso momento conturbado no manter vivo da nossa cultura por estes lados do Atlântico, que, de ano para ano, vem perdendo participação nas nossas festas tradicionais que os nossos pioneiros, com muito sacrifício, e fé também, conseguiram erguer há mais de meio século  e mantê-las ao longo de todos estes anos.

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